– Análise da Arbitragem de Paulista 1×0 Bandeirante

Tenso ou não?

Cinco Cartões Amarelos, sendo 4 para o Paulista  (Léo, Carlinhos, Pablo e Vinícius Fleck, este último estava no banco) e 1 para o Bandeirante (Lucão). Três cartões vermelhos, sendo 2 para o Paulista (Carlinhos e Nathan) e 1 para o Bandeirante (China). Aliás, na súmula consta que Nathan e China foram expulsos por desferirem socos fora da disputa de bola. Fora os atletas, o auxiliar técnico do Paulista foi expulso por reclamação.

Apesar dessa grande carga de relatos de advertências / expulsões, Paulista 1×0 Bandeirante não foi um jogo violento. Foi um jogo pegado, corrido, catimbado e ressalto que, se fosse um árbitro inexperiente, a história seria outra.

Gostei muito da arbitragem de Leandro Carvalho da Silva, que tão bem trabalhou com os demais integrantes da equipe. E se vale a máxima que “a primeira impressão é a que fica”, isso foi verdade nesta tarde no Jayme Cintra.

Aos 3 minutos, Matheus Aquino (BEC) está no ataque e divide com Zulu (PFC). Não foi pênalti, e o árbitro estava bem próximo da jogada, imediatamente sinalizando para o jogo seguir. Dois minutos depois, um lance mais viril das equipes no qual ele mandou dar sequência fez com que os atletas percebessem a segurança que estava transmitindo.

É essa a dica que vale para jovens árbitros: estar vibrante, participativo, em cima da jogada e não marcar as “supostas faltinhas” (as que são cavadas por contato físico). Deixou de marcar uma ou outra falta real, mas não marcou nenhuma cavada. Soube se impor.

Tanto no primeiro quanto no segundo tempo aplicou bem a lei da vantagem. Vibrou bastante, não ficou conversando / dando satisfação a jogadores (que precisam ter mais equilíbrio emocional) e, se cometeu um erro, foi o de não dar um cartão amarelo por simulação a China (BEC) pelo ato canastrão de pular, abrir os braços e cair na área pedindo pênalti numa bola levantada contra a defesa do Paulista.

Nada a criticar no critério dos cartões. Se não deu Amarelo numa falta de determinada intensidade de um lado do campo, usou o mesmo critério do outro. Coerente na questão disciplinar.

Dois fatos a destacar de que se deve fazer à arbitragem preventiva: o 1º, aos 33 minutos, quando Mykaell (BEC) e Cuadrado (PFC) se desentenderam e o árbitro os chamou, corretamente aplicando a advertência verbal. Morreu ali a pendenga, graças a efetiva intervenção do juiz. Mais tarde, o 2o lance, quando Carlinhos e Lucão bateram boca, se ameaçaram, e Leandro acertadamente entrou no meio, encerrou a discussão e deu cartão amarelo aos dois. EXCELENTE, muito seguro.

Apenas uma ressalva: no segundo tempo, o jogador Mikaell (BEC), fora do lance de bola, ficou se estranhando com Jonathan Brito (PFC), à vista do quarto-árbitro que não avisou. Deveria ter comunicado ao árbitro para que se fizesse a prevenção (como feita no lance citado do parágrafo acima).

Enfim: grande jogo com grande arbitragem – e espera-se mais controle emocional dos atletas. Claro que a juventude pode influenciar nesse nervosismo, mas deve-se evitá-lo.

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