Levei um susto ao ver as escalas de árbitros para a 1a divisão do Campeonato Paulista de 2020.
- Que os trabalhos das antigas comissões de árbitros tiveram muita fragilidade, é sabido.
- Que a última leva de revelações de bons e seguros nomes da arbitragem aconteceu no final dos anos 90, com os árbitros da “nova safra dos anos 2000” (faz tempo, hein?) com o prof Gustavo Caetano Rogério, Antonio Cláudio Ventura e Roberto Perassi, idem.
- Que desde o escândalo da Máfia do Apito, tudo se perdeu e houve um trabalho muito ruim por parte do Cel Marcos Marinho e Arthur Alves Jr, é cansativo se repetir.
- Que Reinaldo Carneiro Bastos está trocando o Comando dos Árbitros religiosamente todo ano, não é mais novidade.
- Que Ana Paula de Oliveira, a nova chefe dos juízes paulistas, terá que renovar os nomes e oxigenar todo o quadro, não se tenha dúvida. Mas saber fazer isso é importante.
Sou adepto de que os jovens tenham oportunidades, da urgente renovação mas de maneira planejada – não no sufoco – e de que se tenha paciência com os novos talentos. Mas quem são esses talentos?
Acompanhando detalhadamente nas categorias menores da FPF e nas divisões de acesso, vi bons árbitros apitando e querendo seu espaço. Na 4a divisão, citei dois nomes que apitaram regulamente e com competência em 2019 (merecedores de boas chances na A3 e na A2 em 2020). Escrevi sobre os mesmos em meu blog nas diversas análises de arbitragens que faço.
Mas…
Para os jogos de Corinthians, Santos e Palmeiras, os árbitros da FIFA foram escalados (como os grandes têm visibilidade e se errar contra um deles, a reclamação é geral, faltou ousar e nada mudou). Para o outro grande, o São Paulo, a árbitra da FIFA Edina Alves, de 40 anos de idade, que nunca apitou a Série A1, terá sua chance (nada contra ser mulher, novidade, ou ter uma idade quase de veterana para a carreira de árbitro, comumente até os 45 – mas sim pelo SALTO à A1 sem um histórico mais condizente de atuações).
Vemos também o resgate de alguns nomes, como Thiago Duarte Peixoto, que ficou marcado por uma série de polêmicas em jogos e infelicidades pessoais nos últimos anos, assim como a maturação de árbitros que estavam se destacando e tem boa idade: Lucas Canetto Belotte e Leandro Carvalho da Silva (acertos nessas escalas).
Porém, vejo ainda jovens como Flávio Roberto Mineiro, que com 24 anos apitará a A1 (Ponte Preta x Santo André) sem não ter trabalhado ainda na A2, e que sofreu quando teve chances na A3 e na Bzinha / 4a divisão Sub 23. (Abaixo, algumas partidas que assisti dele e não gostei). Nada contra Flávio também, mas queimar etapas não é ruim? E os que atuaram muito bem na mesma divisão e que não tiveram chances iguais?
É essa a mesma queixa: a falta de meritocracia e de equidade dois árbitros. TODOS devem ter oportunidade semelhantes.
Ousar é importante, mas não gosto de degraus saltados….
Os jogos citados anteriormente em:
Paulista x Portuguesa Santista: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2019/05/15/analise-pre-jogo-da-arbitragem-para-paulista-x-sao-jose-quem-apita/
Paulista x São José: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2019/05/18/analise-da-arbitragem-de-paulista-2×0-sao-jose/
Paulista x Asissense: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2019/10/05/analise-da-arbitragem-de-paulista-2×0-assisense/