Nós estamos vendo a confusão envolvendo o pênalti reclamado em Corinthians 0x0 Flamengo.
Antes de abordarmos o áudio divulgado pela CBF, entenda: a mão na bola, primeiramente, tem que ser avaliada pela intenção! Se não existir ela, avalia-se o movimento antinatural. Explicamos a Regra (que para muitos é incompreensível) aqui: https://wp.me/p4RTuC-gk6.
Pois bem: reclama-se que o VAR deveria pedir para o árbitro ir ao vídeo verificar. Não é necessário, só se deve fazer nas situações previstas pelo Protocolo do VAR e em caso excepcional, no erro crasso. Abordamos aqui o texto original da regra: https://wp.me/p4RTuC-EVi.
Sendo assim, em um lance involuntário de bola na mão, não faz sentido marcar-se pênalti. E aqui entramos no lance em específico, envolvendo Léo Pereira. Explico em: https://wp.me/p4RTuC-H5U.
Há pouco, a CBF divulgou o áudio envolvendo a arbitragem. A explicação inicial é perfeita. Se você não ouviu a conversa, está em: https://www.cbf.com.br/a-cbf/analise/do-var/analise-do-var-corinthians-x-flamengo-copa-intelbras-do-brasil-2022.
Repare que VAR e AVAR estão discutindo se foi pênalti ou não, e em determinado momento, eles estão preocupados em verificar se “bateu na barriga“. Aqui, algumas considerações:
- De bate-pronto, pensei que eles estavam analisando se bateu na barriga do atleta corintiano, e não do flamenguista. E sabe o motivo? É que quando há um toque no adversário e bate na mão, obviamente não é pênalti (pois não há reflexo rápido o suficiente para evitar o desvio). E a conversa dava a entender que era isso. Porém, se fosse, a análise da equipe de vídeo terminaria nesse momento, pois confirmando-se que bateu na barriga, não daria para dizer que o toque foi infracional.
- Como se estendeu a conversa, percebeu-se que a questão era sobre ter batido na mão ou na barriga do flamenguista. Observe que as câmeras são frontais, sem a lateralidade necessária para ver se bateu na barriga ou na mão. E, por fim, o VAR sugere que foi na barriga.
O que isso significa?
Duas coisas:
1- O vídeo (para mim) é inconclusivo. Deve-se manter a decisão de campo.
2- Mesmo com a bola batendo na mão, e não na barriga, não muda nada. CONTINUA sendo um lance involuntário, natural, e não antinatural (como já foi explicado nos links acima).
Não seria errado dizer que, por “linhas tortas”, acertou a arbitragem.
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