– Árbitros do RJ se omitiram nas comemorações!

Eu me envergonho do comportamento dos árbitros cariocas nos dois últimos jogos do Vasco da Gama. Motivo: a FALTA DE CORAGEM em expulsar os jogadores que receberiam o 2o cartão amarelo.

No jogo entre Vasco x Flamengo (há uma semana), Rodrigo Nunes de Sá não aplicou o cartão amarelo para Gilberto por subir as escadarias da arquibancada e ir comemorar no meio dos torcedores. Seria o 2o cartão amarelo no atleta, e, portanto, teria que receber o Vermelho.

Neste domingo, na decisão entre Botafogo x Vasco, o árbitro Luiz Antonio Silva Santos repetiu o erro: Rafael Silva faz o gol decisivo em favor do Vasco e vai comemorar com a galera. Já tinha cartão amarelo, deveria receber o segundo e ser expulso, mas não recebe.

– Por quê?

Porque não quis dar ou estava desatento.

Se com a polêmica criada na semana passada após tal erro, era de se esperar que, caso acontecesse novamente, nenhum árbitro vacilaria em advertir com o cartão amarelo. E não foi isso o que aconteceu.

Duas coisas que me chamam a atenção:

1) A ousadia dos atletas em subirem para a torcida, e repetidamente!

2) A passividade dos árbitros. Teria sido feito um pedido pela Comissão de Árbitros da FERJ para que se faça vista grossa sobre isso?

Na Regra do Jogo, não há o que discutir: comemorações excessivas DEVEM ser punidas com cartão amarelo. E o que é comemoração excessiva?

Exemplos: atravessar o campo para comemorar e retardar o reinício de jogo, colocar a camisa sobre a cabeça e/ou desconfigurar o uniforme (goste ou não, é regra – Rivaldo fazia isso e depois parou de fazer), vestir uma máscara para comemorar (lembraram-se de Neymar na Libertadores?), ir até um orelhão fingir que está telefonando para alguém (era fato comum no Maracanã nos anos 80), debochar do adversário e incitar o torcedor (do seu ou de outro clube).

Sair de campo e ir em meio aos torcedores durante o jogo e sendo jogador que está na partida, por si só, já é para punição. Praticá-la em comemoração, chega a ser temeridade! E se a massa em êxtase invade o gramado?

Recordo-me de Fábio Simplício, ex-SPFC e que atuava no Palermo da Itália: em certa feita, fez um gol e subiu à arquibancada a fim de comemorar com um beijo apaixonado em sua noiva. Tomou o cartão amarelo…

Repito: estou IMPRESSIONADO com a omissão dos dois árbitros desses dois últimos jogos pelo descumprimento da Regra, bem como com a ousadia de Rafael Silva em repetir a infração na semana seguinte de uma polêmica de lance idêntico!

Será que o fez sabendo que não seria punido?

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