– Santos 3 x 0 XV de Piracicaba. De novo bola na mão?

Bola na mão vira mão na bola novamente no Paulistão. Desta vez, Guilherme Ceretta de Lima errou ao marcar a favor do Santos FC uma bola que bateu despretensiosamente na mão/braço do atleta do XV de Piracicaba.

Cansa falar sobre isso. Cansa ainda mais aguentar a lorota de que é “movimento antinatural”. Cansa muito mesmo toda semana ver tais lances.

A questão é: no Brasil, a regra mudou e a FIFA não está sabendo. Ponto!
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– Análise da Arbitragem de Paulista 3×1 Catanduvense

Mezzo bom, mezzo fraco. Duas notas diferentes para dois tempos distintos: assim foi a avaliação do árbitro Luciano Aparecido Monteiro na vitória do Galo sobre a Bruxa.

O 1o tempo foi fácil para a arbitragem: dois cartões amarelos bem aplicados e uma correta expulsão. O jogador Alemão (CAT), aos 19m, divide com o pé alto, atingindo a cabeça de Sandro Silva (PAU). Deve-se ter atenção especial em lances assim, mesmo que sejam imprudentes, de pés que atinjam a cabeça. Se não atinge, é lance de tiro livre indireto. Se atinge o corpo de maneira temerária, é Cartão Amarelo. Com força proporcional e ainda por cima na cabeça, é Vermelho!

No 2o tempo, o árbitro teve muita dificuldade em coibir a cera e se impor. Mas um lance me chamou a atenção: na enésima queda do goleiro Guilherme, o árbitro paralisou o jogo com a bola rolando para avaliar a “suposta contusão”. E, ao perceber que era simulação, aplicou o cartão amarelo.

E como se recomeça esse lance?

Com tiro livre indireto ao Paulista, no local da simulação. Se o árbitro avaliasse que foi realmente contusão, deveria recomeçar com bola ao chão no local onde a bola estava no momento da paralisação. Mas NUNCA com tiro livre direto ao Catanduvense, já que ele aplicou o cartão ao goleiro por cera. Isso se chama “Erro de Direito”.

Os bandeiras trabalharam bastante, mas o assistente 1, por pelo menos 3 vezes, ficou esperando o árbitro para definir o lado dos arremessos laterais. Embora, nos lances capitais (impedimentos ou não no 2o e 3o gols do Paulista), tenha acertado.
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– E o Gol anulado da Pantera no Palmeiras 1×0 Botafogo?

Ouço que Marcelo Rogério encontrou uma partida difícil para se apitar em campo. Teve contra si reclamações de 1 gol anulado contra o Botafogo e 2 supostos pênaltis não marcados ao Palmeiras.

Por inúmeros compromissos profissionais não vi os lances penais, e talvez nem tenha tempo de ver. Mas recebi o lance da anulação do gol (vide em: http://vine.co/v/eueVU1HwQVZ). Por ele, não tenho dúvida do acerto de Marcelo: o jogador do Botafogo cabeceia no braço de Fernando Prass quando ele executa o domínio. Isso não pode. Quando o goleiro está realizando a defesa, não pode ser trancado ou tocado. Tiro livre direto para o Palmeiras marcado com correção.

Mas o mote principal desse jogo é o seguinte: a indisposição de qualquer árbitro em apitar tal jogo!

Sim, o episódio Crefisa colocou fogo nas redes sociais. É claro que o árbitro honesto não pode dar atenção a isso, mas ninguém é 100% blindado em situações de pressão. Se errar a favor do Palmeiras, levantar-se-á a possibilidade de acerto nos bastidores devido aos mesmos patrocinadores. Se errar contra o Palmeiras, dirão que como “prova de honestidade” prejudicou deliberadamente. São duas das inúmeras idéias dos adeptos de “teorias da conspiração”.

Na verdade, essa escala era perigosa, daquelas que poderiam encerrar a carreira de qualquer um.

Quis o destino que Raphael Claus, favoritíssimo para uma das finais, não fosse sorteado. Tendo apitado grandes jogos ao longo do ano, está “treinando” para os jogos finais do Paulistão apitando Atlético Mineiro x Cruzeiro neste domingo. E Marcelo Rogério, que desde aquela ótima arbitragem no Moisés Lucarelli em 2014 (Ponte Preta x Corinthians, quando expulsou dois jogadores corinthianos), não apitou mais clássicos da A1. Para mim, um contrassenso… Para manter o ritmo em grandes jogos, HÁ DE SE APITAR GRANDES JOGOS. É a lógica!

Marcelo está às vésperas de se aposentar. Quase o acaso do sorteio o aposenta antes da hora. Sorte de Claus, Bizzio, Luís Flávio, Ceretta, Marcelo Ribeiro, Furlan e tantos outros que não caíram nesse jogo, de grande pressão pré-jogo.
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– A partida remarcada parcialmente pela UEFA!

Me recordo de já ter visto partida anulada por Erro de Direito, e o jogo, “re-jogado”. Mas partida onde há Erro de Direito ser jogada somente a partir do tempo de jogo do erro cometido, é a 1a vez!

Na Europa, após a Copa de 90, vi uma ou outra vez cartão amarelo ser “retirado” por tribunais via imagens (recentemente, tivemos o caso de Cristiano Ronaldo). Não gosto da ideia de se alegar “Erro de Fato” (quando o árbitro se equivoca numa tomada de decisão por má interpretação do lance) e cancelar um cartão. Ora, “erro de fato” acontece no campo e não pode ser “re-apitado”.

Já o “Erro de Direito” é quando um árbitro descumpre a Regra por desconhecimento. O time prejudicado tem o “direito de pedir um novo jogo”.

Pois bem: aconteceu nas Eliminatórias da Eurocopa Feminina Sub 19, Inglaterra 1×2 Noruega (em Belfast, na Irlanda): quando estava nos acréscimos do 2o tempo (51 minutos!), a árbitra alemã Marija Kurtes marcou pênalti para a Inglaterra. A atacante inglesa Leah Williamson cobrou, marcou o gol e sua companheira invadiu a área. Ao invés de mandar repetir a cobrança, a árbitra se atrapalhou com a Regra e marcou tiro livre indireto a favor da Noruega. Tudo isso faltando 18 segundos para o encerramento do jogo!

A FA (Football Association) reclamou na UEFA, que mandou reiniciar o jogo 5 dias depois do exato momento da cobrança de pênalti! E na re-cobrança, gol inglês. Fim de jogo: Inglaterra 2×2 Noruega.

Eu nunca vi algo assim. Por culpa dos poucos segundos, ao invés de marcar novo jogo, reiniciou-se a partir do erro cometido. Pensou se a moda pega?
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