– Análise Pré-Jogo da Arbitragem para União Barbarense x Paulista

Rodrigo Gomes Paes Domingues, 32 anos, agente de esporte, apitará União Barbarense x Paulista.

O árbitro é jovem e apitou o ano passado um jogo do Galo (Red Bull 2×0 Paulista) pela Copa Paulista no Moisés Lucarelli, quando Rodrigo fez seu primeiro jogo pela Competição. No mesmo ano estreou na A2 apitando Guaratinguetá 0x0 União Barbarense.

Pelo caráter provável de fair play na partida, ouso dizer que o jogo é mais importante para o árbitro do que para as equipes, pois quer aparecer positivamente para a FPF e ter uma boa sequência de escalas.

Na oportunidade em que o vimos apitar, apesar do bom porte físico, cadenciou bastante a partida, mas nada que prejudicasse o jogo, nem se mostrou rigoroso com os cartões.

Sérgio Cardoso do Santos, 39 anos, professor de educação física, é bem experiente na série A2. Já Cláudio Roberto da Costa, 41 anos, o bandeira 2, já trabalhou na série A1 e tem quase 20 anos de carreira. Saulo Feliz será o 4o árbitro.

Desejo um bom jogo e uma boa arbitragem ao quarteto!
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– Análise das expulsões de São Paulo 2 x 0 Corinthians. Como foi o juizão?

Me decepcionei com Sandro Meira Ricci. Acompanhe o histórico:

1) – Há dois meses, quando o fraco Ricardo Marques Ribeiro foi escalado no jogo de ida na Arena Corinthians, ficou clara a possível escalação de Ricci no Morumbi pelos motivos lógicos: eram os dois pré-selecionados para a Copa 2018 e considerados como árbitros brasileiros mais experientes em jogos internacionais na atualidade (escrevemos isso em: http://wp.me/p55Mu0-mU)

2) – No último sábado, quando foi divulgada a escala e confirmado o nome de Sandro Meira Ricci, lembramos: é ótimo árbitro, que às vésperas da Copa do Mundo foi irregular mas que durante o Mundial foi muito bem. Porém, no pós-Copa, foi um desastre! Está nitidamente em péssima fase (escrevemos em: http://wp.me/p55Mu0-pt)

3) – Na última 3a feira, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, publicamente criticou o árbitro e o pressionou pré-jogo, alegando que as estatísticas mostravam 17 jogos apitados por Sandro e 10 expulsos do SPFC, contra 10 jogos e 1 expulso do Corinthians. Parece que a pressão deu certo…

Entenda as expulsões:

1) Emerson Sheik: o jogador disputa uma bola com Rafael Tolói, cai e, no chão, Tolói tenta a bola e chuta o Sheik com um “totózinho”. Tal lance é comum quando ocorre a chamada “bola presa”. Sandro deu falta para o São Paulo (provavelmente pela bola presa), o jogo se reinicia, Sheik se levanta e devolve o Totó, que é flagrado por Ricci. AMBOS os lances eram para cartão amarelo, não houve agressão de ninguém. Emerson pagou pelo histórico de catimba. O curioso é que Tolói fez o inverso do que sofreu no jogo contra o Palmeiras no Allianz: naquela oportunidade, levou uma cotovelada de Dudu, permaneceu de pé e revidou com um pontapé. Agora, ele pratica a falta (mais leve do que naquela oportunidade), sofre o revide (também mais leve) e cai, valorizando ao extremo o chute recebido. Errou Sandro Meira Ricci.

2) Luís Fabiano e 3) Mendoza: Luís Fabiano, em seu 1o lance na partida, reclamou acintosamente contra o bandeira número 2. Na metade do 1o tempo, o atacante sofre um tranco legal (um pouco mais forte, mas não infracional) em uma disputa de bola e reclama contra o árbitro, pedindo pênalti. Em ambas as reclamações recebe advertência verbal. No segundo tempo, reclama de novo com o bandeira (agora o número 1) e leva o cartão amarelo. Depois, em outra jogada, empurra Mendoza numa disputa de bola, que devolve o empurrão abrindo os braços contra ele. Não é tentativa de agressão, isso é falta por abrir os braços e impedir a disputa de bola (Cleber, zagueiro da época do Palmeiras / Parmalat fazia muito isso). Luís Fabiano simula ter recebido um tapa no rosto e cai. Sandro aplica o 2o cartão amarelo e consequentemente o cartão vermelho a Luís Fabiano, corretamente. Mas também expulsa Mendoza (por vermelho direto), erroneamente.

Ficará a questão: o correto seria cartão amarelo para ambos, mas LF seria expulso sozinho pelo 2o. Teria o árbitro peito de expulsar só o são-paulino, demonstrando que não estava sentindo a pressão?

Insisto: Me parece que Sandro expulsou Mendoza pelo efeito “Aidar”, assim também como Sheik. Trocando em miúdos: sentiu a pressão, nada de desonestidade. E ouso dizer: sentindo como o jogo estava, Luís Fabiano foi expulso pela sua própria burrice e descontrole em não entender a leitura da arbitragem.

Por fim, no final da partida, Centurion simulou ter recebido igualmente um tapa. Dessa feita, nada levou. E preocupado com o jogo que desandava, Ricci acabou a partida aos 46m, não aos 47, como indicara nos acréscimos.

Ruim arbitragem de quem precisava mostrar que a má fase poderia acabar nesta difícil partida em que foi escalado.

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